Nevoeiros densos transformam a paisagem de SC neste inverno

Qui, 25 de Julho de 2024, 07h43min

Nos últimos dias, Santa Catarina tem registrado um fenômeno natural que, apesar dos transtornos causados, desperta a curiosidade de muitos: a formação de nevoeiros densos, especialmente nas áreas litorâneas e próximas a rios. Segundo a equipe de meteorologistas da Defesa Civil de Santa Catarina, o nevoeiro nada mais é do que uma nuvem que se forma próxima ao solo. Em território catarinense, dois tipos principais de nevoeiro são mais comuns: o nevoeiro de radiação e o nevoeiro marítimo.

“O nevoeiro de radiação é um espetáculo típico das madrugadas de inverno. Imagine uma noite de céu limpo e estrelado. Durante essas noites, a superfície terrestre perde calor rapidamente por irradiação, esfriando consideravelmente. Este resfriamento faz com que o vapor d’água presente no ar se condense em pequenas gotículas, formando uma camada densa de nevoeiro”, afirma o meteorologista Felipe Theodorovitz da Defesa Civil. O fenômeno pode ser observado nas primeiras horas da manhã e a névoa parece abraçar a paisagem.

O meteorologista Felipe ainda explica que o nevoeiro marítimo é o mais comum em regiões como a Grande Florianópolis. “Quando correntes de ar quente e úmido do oceano se encontram com águas mais frias, ocorre a condensação do vapor d’água presente no ar, formando o nevoeiro. Este tipo de nevoeiro pode avançar para o interior, envolvendo cidades costeiras em um manto de névoa”, conclui o meteorologista da Defesa Civil.

A imprevisibilidade da duração desses nevoeiros adiciona uma camada extra de curiosidade, devido às mudanças que ocorrem rapidamente, na paisagem, deixando o espetáculo ainda mais imprevisível. Mas a beleza e a imprevisibilidade do nevoeiro vem acompanhada de desafios. A visibilidade reduzida exige atenção redobrada de motoristas, navegadores e pilotos.

Em Santa Catarina muitos voos foram cancelados nos últimos dias e a recomendação da Defesa Civil é  que os motoristas reduzam a velocidade e utilizem faróis baixos durante os trajetos. E para quem navega, a orientação é usar instrumentos de navegação com precisão e, se possível, evitar sair ao mar até que a névoa se dissipe.

FONTE: CLICRDC