Michael Jackson temia morrer como Elvis
Sáb, 27 de Junho de 2009, 08h48min
Mais do que o título de Rei aproxima Elvis Presley e Michael Jackson. Os dois foram ícones de suas gerações e de suas músicas – o primeiro, do rock; o segundo, do pop. Ao que parece, morreram de forma semelhante: uma das hipóteses levantadas por pessoas próximas é a de que o abuso de medicamentos tenha levado Jackson à morte, assim como fez com Elvis, no dia 16 de agosto de 1977, quando ele tinha 42 anos.
A causa da morte de Michael, aos 50 anos, só será confirmada com as análises toxicológicas, o que pode demorar entre quatro e seis semanas. O prazo é necessário para que sejam realizados testes neuropatológico e pulmonar. A necropsia no corpo do astro terminou no fim da tarde de ontem, em Los Angeles. Não foram encontrados “traumas externos” ou “circustâncias suspeitas” no corpo do cantor, acabando com a hipótese de homicídio. Segundo o Departamento de Polícia de Los Angeles, ainda não há informações sobre a presença de Demerol (um forte analgésico, similar à morfina) ou outros medicamentos no organismo de Michael. Até o final da noite de ontem, o corpo ainda não havia sido liberado para a família.
– Notícias de que Michael Jackson morreu pela ingestão de analgésicos estão vindo de fora da polícia – disse o chefe de investigação, Gregg Strenk.
Já não era segredo, no entanto, para a família e os fãs que Michael usava grande quantidade de remédios. Em 1997, ele incluiu no álbum Blood on the Dance Floor: HIStory in the Mix a música Morphine, em que citava o medicamento Demerol. Especialistas dizem que o uso desse medicamento, principalmente quando associado a outros remédios, pode levar à parada cardíaca. Nos últimos tempos, Michael buscava nos medicamentos ajuda para enfrentar o estresse dos shows agendados para julho em Londres.
Marcado para a ontem, o depoimento do cardiologista Conrad C. Murray, médico particular de Michael, pode elucidar o que aconteceu horas antes do cantor sofrer uma parada cardíaca – Murray estaria ao lado do astro quando os paramédicos chegaram para prestar socorro e o encontraram já inconsciente. Laudos médicos preliminares sugerem que o Rei do Pop tenha recebido uma injeção de um medicamento – provavelmente, Demerol – na quinta-feira pela manhã e, logo depois, começado a ter dificuldades para respirar.
Advogado da família Jackson e amigo pessoal do astro, Brian Oxman, confirmou que Michael fazia uso de remédios controlados. Segundo ele, o uso desses medicamentos preocupava a família.
(Fonte: diario.com.br)