Governo anuncia plano emergencial para 10 cidades catarinenses
Qui, 30 de Julho de 2009, 08h25min
O governador Luiz Henrique da Silveira anunciou um plano emergencial de segurança que deve ser implantado em pelo menos 10 cidades de Santa Catarina. A Secretaria de Segurança Pública ficou por realizar um estudo e apresentar o projeto para o setor em 1º de setembro.
O delegado Geral da Polícia Civil, Maurício Eskudlark, disse que o governador estava preocupado com o cenário que as estatísticas do estudo do governo federal demonstram.
São José, na Grande Florianópolis, é o município catarinense com a maior taxa de assassinatos de adolescentes. A cidade registrou o índice de 2,45 homicídios em cada grupo de mil jovens de 12 a 18 anos.
Foram analisados dados referentes a 2006 em todas as 267 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. São José ocupa a 89ª posição nacional.
Na sequência da lista, entre os municípios catarinenses, ficam Florianópolis (1,76), Palhoça (1,47), Chapecó (1,43), Itajaí (1,11), Lages (0,84), Criciúma (0,75), Joinville (0,68).
Prioridade
Eskudlark declarou que pela ordem de preocupação a prioridade são as cidades situadas na foz do rio Itajaí. Em seguida estão os quatro municípios de maior população da Grande Florianópolis. Joinville vem na sequência.
O secretário de Segurança Pública, Ronaldo Benedet, disse que serão realizados encontros entre a cúpula do setor e a área de inteligência para definir as medidas do plano emergencial. Ele descartou aumento de efetivo:
— Não há condições de contratar policiais — adiantou.
O comandante da Polícia Militar, coronel Eliésio Rodrigues, disse que vai buscar homens que servem em outros órgãos e haverá remanejamentos de efetivos. Ele anunciou ainda que a Cavalaria, o Bope, e as polícias Militar Rodoviária e Ambiental serão incluídas no plano emergencial. Os alunos que ainda estão na academia começarão a trabalhar no período noturno.
O delegado Geral da Polícia Civil vai ordenar agilidade nas investigações a tráfico de drogas, homicídios e tentativas de homicídios. Eskudlark afirmou que o comércio de drogas está por trás do crescimento da criminalidade.
O professor de Direito Penal da Universidade do Vale do Itajaí Alceu de Oliveira Pinto Júnior considerou o plano emergencial interessante. Ele elogiou a decisão de tratar a Grande Florianópolis e o Vale do Itajaí como macro-regiões e não como cidades separadas. Também salientou a postura do governador em exigir resultados no combate à criminalidade.
Na avaliação de Alceu, a postura é corajosa porque a Segurança pública passa a ser encarada como compromisso de governo e não problema de uma secretaria de Estado.
(Fonte: diario.com.br)