Celesc adia debate sobre privatização

Ter, 14 de Julho de 2009, 08h24min

Ficou para agosto o debate dentro da direção da Celesc sobre a proposta de que os acionistas privados, que detêm 80% das ações da empresa, assumam a gestão da companhia.
Nesta segunda-feira, a primeira reunião do conselho de administração após a saída do ex-governador Eduardo Pinho Moreira, aprovou os nomes da nova direção da empresa e empurrou para o próximo mês a discussão sobre a carta do empresário Lirio Parisotto, investidor individual da Celesc, que criticou a gestão de Pinho Moreira e sugeriu o comando pelos acionistas privados.

Diante da proposta polêmica, trabalhadores da empresa fizeram uma manifestação no prédio da Celesc. A reivindicação era tirar da pauta qualquer debate sobre privatização. Após mais de seis horas de reunião dos conselheiros, por volta das 20h, cerca de 30 manifestantes ainda aguardavam para conversar com o comando da Celesc.

O representante dos empregados no conselho, Jair Maurino Fonseca, confirmou que o tema privatização não foi debatido. Para o coordenador das Intersindicais dos Eletricitários de Santa Catarina, Sebastião Aurélio Marcos, isso já foi um avanço.

— A matriz energética tem que permanecer pública. A estatal tem que dar lucro para poder investir, mas se o controle acionário sair do Estado, este lucro vai ser a prioridade e não será revertido em benefícios para os catarinenses — avalia Marcos.

O presidente do conselho de administração da Celesc, Glauco José Côrte, diz que um dos motivos de adiar o debate sobre a carta de Parisotto para a próxima reunião foi o fato de a maior parte dos conselheiros desconhecer o conteúdo completo do documento.

(Fonte: diario.com.br)